quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

A volta de Emmanuel

Amigos,Nas introdutórias anexas do último livro publicado ano passado de autoria do espírito de Emmanuel, da psicografia ainda inédita de Chico Xavier, cujo título é "Deus Connosco", à página 43, sobre as vidas sucessivas de Emmanuel, encontramos os relatos do próprio Chico Xavier sobre a reencarnação de seu benfeitor espiritual no início do século XXI, que reproduzimos a seguir :      Nova reencarnação do espírito de EmmanuelSéculo XXI  "Conforme atestam várias pessoas que conviviam na intimidade com o médium Chico Xavier, por afirmativas dele mesmo, o espírito do benfeitor Emmanuel já está entre nós, na face da Terra, pela via da reencarnação. Um destes depoimentos, da Sra. Suzana Maia Mousinho, presidente e fundadora do Lar Espírita André Luiz (LEAL), de Petrópolis | RJ, amiga do médium desde 8 de Novembro de 1957, Francisco Cândido Xavier lhe confidenciou detalhes sobre a reencarnação de Emmanuel, que voltaria à Terra no interior do Estado de São Paulo, no seio da família constituída pelo casal D. Laura e Sr. Ricardo, personagens do livro Nosso Lar, de André Luiz. Tempos depois, novamente o estimado médium Chico Xavier tornou a tocar no assunto em pauta com D. Suzana, afirmando ter presenciado o retorno à vida física de seu benfeitor no ano de 2000, vendo, então, confirmadas as previsões espirituais a respeito. Este fato está em sintonia com depoimentos públicos do médium mineiro em três ocasiões distintas, veiculados em três de seus livros publicados, a saber:  a) no livro Entrevistas, (IDE, 1971), quando, respondendo à questão 61, sobre a futura reencarnação de Emmanuel, Chico Xavier disse: "Ele (Emmanuel) afirma que, indiscutivelmente, voltará à reencarnação, mas não diz exatamente o momento preciso em que isso se verificará. Entretanto, pelas palavras dele, admitimos que ele estará regressando ao nosso meio de espíritos encarnados no fim do presente século (XX), provavelmente na última década";   b) também no livro A Terra e o Semeador, (IDE, 1975), quando, respondendo à pergunta de número 33, Chico Xavier disse: "Isso tem sido objeto de conversações entre ele (Emmanuel) e nós. Ele costuma dizer que nos espera no Além, para, em seguida, retornar à vida física."; e c) assim também vamos observar outra confirmação de Chico sobre o assunto no livro organizado pela Dra. Marlene Nobre, e editado em 1997 pela Folha Espírita, cujo título é Lições de Sabedoria, que traz à página 171 da segunda edição a pergunta de Gugu Liberato a Chico Xavier: "É verdade que o espírito Emmanuel, que lhe ditou a base do Espiritismo prático no Brasil, se prepara para reencarnar?" Ao que Chico respondeu: "Ele diz que virá novamente, dentro de pouco tempo, para trabalhar como professor."  Também uma vez, conversando comigo em Uberaba, e falando sobre a volta de Emmanuel, Chico nos confidenciou: "Geraldinho, o nosso compromisso, meu e de Emmanuel, com o Espiritismo na face da Terra tem a duração de três séculos, e só terminará no final do século XXI."" 



http://www.youtube.com/watch?v=6unteZRirPs


domingo, 12 de dezembro de 2010

DANO E DOR SEM NOME



Quem perde a mãe é órfão, quem perde o marido é viúva, mas quem perde um filho?
No avião, aquele senhor mais parecendo um artista com seus cabelos brancos, perguntou-me sobre a minha atividade profissional. Informei que era professor na faculdade de medicina e atendia a um convite feito pelo Ministério da Saúde. Disse-me, então, que era Juiz de Direito, mas que a minha responsabilidade era maior. Explicou-me que o juiz pode errar e prejudicar uma pessoa, mas o professor, se for negligente, poderá causar dano em muitas mentes.
Calou-me fundo o comentário e hoje dele me recordo, diante da menina e da administração venosa de vaselina líquida, no lugar da solução salina isotônica. Quem fora seu professor?
Todo ser humano deve se beneficiar dos padrões éticos de maior nível nas ciências biomédicas. Que prova-provação difícil para a mãe ver a filha agonizando e pedindo para que não a deixasse morrer!
Para o Conselho de Enfermagem a semelhança entre os frascos de vaselina líquida, que foi colocada no lugar do soro não justifica erro. “Não é possível confundir quando isso está sendo feito por um profissional devidamente capacitado, qualificado e preparado para aquele procedimento”, disse o membro do Conselho.
Tenho conversado, por e-mail, com uma pessoa que perdeu o filho. Uma carta está no Jornal dos Espíritos (1) A mãe lamenta que o Chico Xavier não esteja mais junto de nós psicografando para aliviar as dores extenuantes, difíceis até de nomear.
Será que podemos pensar a fatalidade venosa utilizando três palavras: imprudência, negligência e imperícia?
Vamos ao dicionário. “Imprudência, em termos jurídicos é a  inobservância das precauções necessárias. É uma das causas de imputação de culpa previstas na lei. Negligência é falta de atenção, inobservância e descuido no agir. Já a imperícia é falta de habilidade ou experiência reputada necessária para a realização de certas atividades e cuja ausência, por parte do agente, o faz responsável pelos danos ou ilícitos penais advenientes.”
 No avião, o que teria dito aquele Juiz de Direito?
O comentário daquele profissional me fez transitar entre a responsabilidade social do cientista e a do docente na universidade. Tentando me antecipar (2) escrevi artigo dirigido aos “da saúde”. “O fornecedor de serviços responde, independente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação de serviços.”
O hospital, ao fornecer serviços de saúde médico-hospitalares, está sujeito às normas do Código de Proteção e Defesa do Consumidor (Lei 8078/90). A relação jurídica estabelecida com os seus pacientes é contratual, legítima relação de consumo, com as conseqüências legais decorrentes. As atividades complementares, ao atendimento do paciente, também ficam protegidas pelo manto deste contrato. Entre elas está o serviço de enfermagem. Vamos recordar que a obrigação incluída neste contrato do hospital é de meios e não de resultados. No entanto, a assistência médica deve ser a mais adequada possível, devendo dispor de pessoal competente, nos procedimentos oferecidos aos seus pacientes nos atendimentos, uma vez que no contrato está implícita a cláusula de incolumidade, que tem característica de uma obrigação de resultados.
Neste artigo (2), as palavras-chave foram erro biomédico, Microbiologia Médica, Bioética e Biodireito. Poderia agora acrescentar a prudência, a diligência e a perícia, sempre estimuladas na educação continuada. Melhores serão os resultados, da equipe de saúde, se estivermos diante de profissionais apresentando mestria, qualidade de perito e profundo respeito pela pessoa. Pessoa é o indivíduo na sua dimensão ética, o valor fonte de todos os valores. “A educação da alma é a alma da educação”, psicografou o médium Chico Xavier. Nos fundamentos do Estado Democrático de Direito (CRFB/88, Artigo 1º) vamos encontrar a “dignidade da pessoa humana”. Ao titular desse direito e razão de ser da própria existência, acresce-se o direito à vida, sem o qual a pessoa humana seria inconcebível. O “Rei” cantou: “A vida é amiga da arte”. “Eu vi muitos cabelos brancos na face do artista.”
Abençoadas as cartas do artista da mediunidade(3), aquele que festejamos seu centenário. Com elas, aquelas mães, potencialmente suicidas, puderam perceber que a morte do corpo não mata a vida. Seu filho é imortal! Mãe, aceita a prova, mas não precisa passar com dez. Estamos juntos!
(1)    http://www.jornaldosespiritos.com/2007.3/cartas.htm
(2)    http://jus.uol.com.br/revista/texto/17015/um-centro-de-referencia-na-uerj-prevenindo-demandas-judiciais
(3)    http://www.crisisprodutivas.com/ascartaspsicografadasporchicoxavier/
VEJA O FILME, SOBRE AS CARTAS DO CHICO

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

William Barclay




Datas:
(1907-1978)
N. 05 de dezembro Wick (Escócia) em uma família de tradição evangélica. Seu pai era um banqueiro de profissão e um pregador leigo chamando. O jovem William acompanhou seu pai em muitos de seus compromissos com a pregação. Sobre os joelhos de sua mãe estava indo para a fé mais pessoal e calorosa.
Ele estudou na Universidade e no Trinity College, em Glasgow, que completou um semestre na universidade alemã de Marburg.

Em 20 de fevereiro de 1933 foi ordenado ao ministério da Igreja da Escócia. Em 30 de junho casou-se com Kate Gillespie. Seu primeiro pastorado e só foi na Igreja da Trindade, em Renfrew, onde permaneceu por quase 14 anos (1933-1947). Aqueles eram os dias da Grande Depressão, "a era do diabo", como alguns o chamavam, com elevado desemprego. Eles tiveram a oportunidade de desenvolver sua teologia da vida comum. De seus dias de estudante sempre preocupada com a relação entre o mundo da Bíblia e do leitor moderno. A igreja cresceu de 1.074 para 1.418 membros, e aumentou de 28 para 40 idosos.

Em 1947 ele foi chamado para ensinar língua e literatura do Novo Testamento na Universidade de Glasgow, o que ele fez até sua aposentadoria em 1974. Nunca procurou ser original, nem teologicamente criativa, mas um expositor fiel do texto bíblico, das alturas do século XX. "Estou consciente, ele disse, eu não sou um teólogo. Quer dizer, eu sei o que eu posso dar. Eu sou um linguista muito bom e um bom conhecimento do contexto e da história do NT, mas eu desenvolvo muito errado com esse lado da teologia de Tillich chamado de "conceitualização". "

Em sua vida pessoal foi muito afetado pela morte da filha, se afogou no mar em agosto de 1956, "naquele dia havia uma dor no coração de Deus", expressando seus próprios sentimentos.

Controverso em sua posição doutrinária, não escondeu suas dúvidas sobre os diversos aspectos da ortodoxia cristã. Mantida a crença na salvação de todos (universalismo), em consonância com Orígenes. Considerados os milagres de Jesus como símbolos de ultratemporality poder do que Deus pode fazer no mundo atual. Segundo o professor Donald MacLeod, "A verdade é que Barclay parece ter ficado para sempre, até o final, evangélicos emocionalmente, mas intelectualmente, sua posição mudou radicalmente" (Evangelical Times, abril 1985). Seu objetivo era ser relevante para os seus contemporâneos, com todos os riscos e as dificuldades de tal tarefa.

Seu nome é lembrado com respeito e apreço para os leitores de seu comentário exegético e prático do Novo Testamento, que teve um sucesso sem precedentes a nível mundial. Ele dá uma perfeita combinação entre a interpretação do texto e sua utilização judiciosa e relevante para o leitor moderno. Foi um grande comunicador, é fazê-lo por escrito ou por câmeras de televisão ou microfones de rádio e nos jornais; Barclay enche tudo com sua presença e voz. Sua influência foi sentida em todos os lugares e amorosa. Seu exemplo de humildade não conhecia limites. Em todos se comportou como uma pessoa disposta a servir, de se negar.

Sofrendo de uma doença prolongada faleceu em 24 de janeiro de 1978. "Quando eu morrer, eu sair da sala sem se queixar, porque o que importa não é o que eu sair, mas o lugar onde eu vou."

DA PROIBIÇÃO A EVOCAÇÃO DOS MORTOS




Comumente, escutamos certas pessoas citando o Velho Testamento, aludindo a tão propalada proibição de Moisés a respeito da conversação dos homens com os espíritos desencarnados.
Tais indivíduos, de maneira velada ou mesmo diretamente, esboçam o intuito primordial de estarem criticando a fé espírita ou àquelas pessoas que possuem dons mediúnicos mais desenvolvidos, no entanto, alguns outros parecem realmente crer que tem muito fundamento o que dizem.
Consultemos os textos sagrados:
“Não é permitido entreter relações com eles (os Espíritos), seja imediatamente, seja por intermédio dos que os evocam e interrogam. A lei mosaica punia os gentios. Não procureis os mágicos, diz o Levítico, nem procureis saber coisa alguma dos adivinhos, de maneira a vos contaminardes por meio deles. (Cap. XIX, v. 31.) Morra de morte o homem ou a mulher em quem houver Espírito pitônico; sejam apedrejados e sobre eles recaia seu sangue. (Cap. XX, v. 27.) O Deuteronômio diz: Nunca exista entre vós quem consulte adivinhos, quem observe sonhos e agouros, quem use de malefícios, sortilégios, encantamentos, ou consultem os que têm o Espírito pitônico e se dão a práticas de adivinhação interrogando os mortos. O Senhor abomina todas essas coisas e destruirá, à vossa entrada, as nações que cometem tais crimes.” (Cap. XVIII, vv. 10, 11 e 12.).
Refletimos, porém, que o Deuteronômio foi escrito em torno do ano de 1473 a.C, ou seja, há séculos e séculos.
E por acaso não progredimos espiritualmente, desde então? Será que novas revelações não nos foram feitas com o decorrer de tanto tempo?
E ademais, se de fato existiu uma proibição neste sentido só serve para reafirmar sobre o que já sabíamos, a respeito da veracidade em torno da comunicação com os considerados mortos.
Tal impedimento não foi promulgado nos “Dez Mandamentos”; portanto, consideramos que Moisés julgou conveniente fazer uso de tal recurso na época, assim como fez com a lei do “olho por olho, dente por dente”.
Todavia, recordamos que os espíritos de Moisés e de Elias apareceram ao Cristo no Monte Tabor (Mateus 17, 1-3; Marcos 9, 2-4 e Lucas 9, 28-32).
Não seria uma tremenda incongruência a do legislador hebreu em burlar a própria norma?
Ora, compreendemos que naqueles tempos eram outras as necessidades que motivavam as Leis, assim como no dia de hoje é outra a capacidade de compreensão que muitos de nós temos a respeito das coisas do espírito.
E através desta simples constatação encontrada no Novo Testamento, em três diferentes Evangelhos, queremos dizer aos irmãos que cultivam o hábito de criticar as práticas espiritistas que os espíritos que se comunicam em nossas reuniões não são demônios.
Naturalmente, há inúmeros espíritos sofredores que frequentam as reuniões que participamos, especialmente, em torno da denominada “desobsessão”, com o objetivo precípuo de serem amparados e esclarecidos a respeito da própria situação.
Porém, mesmo dentro desta plêiade de almas sofredoras encontramos espíritos que têm a nos ensinar, pois aprendemos com o relato de suas experiências permeadas de dificuldades e padecimentos.
Por outro lado, é evidente que há amplo número de instrutores ou espíritos esclarecidos a nos orientarem em nossas atividades.
Encontram-se equivocados, no nosso singelo ponto de vista, todos àqueles que imaginam que somos nós, os encarnados, os principais dirigentes das reuniões mediúnicas que freqüentamos.
Chico Xavier, fenômeno humano e mediúnico, costumava dizer o seguinte: “O telefone só toca de lá para cá”.
Concluindo, dentro do limitado entendimento que obtemos, tanto a Bíblia como os preceitos do Espiritismo tiveram e permanecem tendo a intenção de proibir o comércio dos dons mediúnicos, para que os indivíduos portadores de certas faculdades não se percam no caminho, preocupando-se em enriquecer de maneira ilícita, fazendo do intercâmbio com os espíritos uma profissão remunerada, em benefício do próprio bolso.

Thiago Silva Baccelli é orador espírita, psicólogo clínico e graduado em Direito